Acomodação
Acomodação
A capacidade de focalizar objetos próximos e distantes, chamada de capacidade acomodativa, pode apresentar problemas em algumas pessoas. Esses problemas acomodativos ocorrem quando a capacidade de acomodação do olho não está funcionando adequadamente.
Um exemplo de problema acomodativo é a dificuldade de focar objetos em diferentes distâncias. Quando uma pessoa percebe que demora um pouco para conseguir focar objetos distantes ou próximos, pode ser que tenha alguma dificuldade acomodativa presente, exceto pessoas acima de 40 anos, que naturalmente têm sua flexibilidade acomodativa reduzida devido à presbiopia.
Pessoas com problemas acomodativos podem apresentar sintomas como aversão à leitura, desconforto ao fazer tarefas de perto, excesso de coçar os olhos, fadiga ocular no final do dia ou após completar uma tarefa de perto, dores de cabeça após tarefas de perto, sensação de tontura ou náuseas devido à alternância de foco e visão momentaneamente dupla.
Esses sintomas podem interferir na qualidade de vida e no desempenho de atividades diárias que requerem foco visual preciso, como leitura, escrita e uso de computadores.
Exercícios que melhoram a acomodação:
Tabela de Hart
São dois cartões com letras ou números, sendo que a tabela com letras grandes é fixada na parede, a cerca de 3 metros de distância do indivíduo e deve estar na altura dos olhos. A outra tabela com letras pequenas é segurada na mão. O exercício deve ser feito em um ambiente calmo, sem distrações e bem iluminado.
Comece lendo em voz alta a primeira linha. As letras devem estar claras e nítidas. A linha seguinte deve ser lida na tabela de perto. Evite afastar a tabela de perto, mantenha sempre próxima ao rosto e sempre que possível aproxime mais conforme for ganhando nitidez.
O exercício será concluído ao terminar a leitura das tabelas com a alternância.
O exercício de flexibilidade acomodativa pode ser feito monocular ou binocular.
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Cordão de Brock
O exercício com o cordão de Brock ajuda no ajuste da mudança de foco, e é feito com uma corda de aproximadamente 40 a 60 cm e 5 miçangas coloridas.
Amarre uma das pontas do barbante em um local onde fique firme, pode ser na maçaneta da porta, na alça da janela ou em outro local. Estique a corda, que deve estar reta, e as miçangas devem ficar distribuídas em distâncias iguais pelo cordão. Segure o cordão próximo ao nariz com uma das mãos.
1- Olhe para a primeira miçanga, próxima do seu nariz. Se perceber que está borrada, será preciso afastar a miçanga até que fique clara e nítida.
2- Olhe fixamente por 5 segundos e, em seguida, olhe para a próxima miçanga e repita o processo até chegar à miçanga mais distante. Retorne o olhar em cada miçanga, sempre observando a cor, o contraste e a nitidez.
3- Faça 10 repetições todos os dias, por 20 dias seguidos.
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Movimentos circulares
Os movimentos circulares são ótimos para trabalhar todos os músculos dos olhos (total de 12 músculos extraoculares), e foco. Para fazer este exercício, fique sentado ou em pé posicione de forma confortável e com a postura reta, lembrando-se de mover somente os olhos e não a cabeça. Temos a tendência de movimentar a cabeça neste exercício, então é importante evitar isso. O exercício pode ser feito monocular ou binocular.
Estique um dos braços, feche o punho e deixe somente o polegar apontando para cima.
Olhe para o seu polegar e observe os detalhes da unha, cor, brilho e contraste.
Comece fazendo movimentos circulares com o polegar, como se estivesse desenhando um grande círculo. Aos poucos, vá diminuindo a circunferência do círculo e, ao mesmo tempo, aproximando o dedo em direção ao rosto. O ideal é fazer 3 voltas.
Quando o polegar tocar a ponta do nariz, volte afastando-o e reproduzindo o círculo no sentido do lado oposto.
Termine com o braço estendido.
"Os exercícios de terapia visual não substituem a consulta com o médico oftalmologista. A terapia deve ser acompanhada por um optometrista especializado em terapia visual."